NBR 5101:2024 – O que muda na norma de iluminação pública e como se adequar
A nova norma ABNT NBR 5101:2024, publicada em março de 2024, redefine os padrões de iluminação viária no Brasil. Ela traz avanços alinhados com práticas globais, especialmente no que se refere à temperatura de cor e à redução da poluição luminosa. Por isso, é essencial entender seus impactos.
Mudança nos limites de temperatura de cor
Uma das principais mudanças envolve a temperatura de cor permitida para luminárias:
- 1800K para áreas rurais
- 2200K para vias locais
- 3000K como valor máximo permitido
Consequentemente, em até 6 meses, será proibida a fabricação, importação e comercialização de luminárias com TCC/TCP acima de 5000K. Ou seja, os projetos atuais precisam ser ajustados rapidamente.
Conflito com a Portaria INMETRO nº 62/2022
Atualmente, a Portaria INMETRO nº 62/2022 determina uma faixa de 2700K a 6500K. Por outro lado, a nova norma NBR 5101 reduz esse intervalo, gerando conflito técnico e normativo.
Além disso, enquanto não houver uma portaria complementar, as certificadoras estão impedidas de registrar produtos com as novas faixas. Dessa forma, o setor enfrenta um período de transição regulatória.
Iluminação pública com abordagem mais completa
A nova norma exige uma visão mais integrada dos ambientes urbanos. Agora, o projeto deve considerar fatores como:
- Segurança de condutores e pedestres
- Conforto visual e acessibilidade
- Eficiência energética
- Redução da poluição luminosa
Com isso, os projetos tornam-se mais complexos e precisam de uma abordagem multidisciplinar.
Luminância e condições da via
Tanto a versão de 2018 quanto a de 2024 destacam a luminância como fator essencial. Portanto, é preciso considerar o tipo de pavimento, além dos índices de reflexão em condições secas e molhadas.
Assim, a escolha de empresas com domínio técnico é fundamental para assegurar conformidade com os requisitos da norma.
Classificação C e P: mais exigência técnica
A norma estabelece a necessidade de definir a classe de iluminação C e P com base em critérios como:
- Volume e tipo de tráfego
- Presença de pedestres e ciclistas
- Atividades exercidas na área
Logo, será indispensável contar com ferramentas e profissionais especializados para definir corretamente as classes exigidas.
Redução da poluição luminosa
A norma NBR 5101:2024 introduz critérios rigorosos para evitar a emissão de luz acima do eixo horizontal.
Além disso, prioriza a proteção do céu noturno e a observação astronômica.
Dessa forma, é essencial utilizar luminárias com distribuição de luz controlada, com angulador integrado para facilitar a instalação.
Iluminação adaptativa e tecnologias inteligentes
Para atender à norma, torna-se recomendado o uso de sistemas de iluminação adaptativa. Esses sistemas ajustam a intensidade de luz conforme o horário e condições locais.
Consequentemente, haverá necessidade de investimentos em:
- Luminárias com tomada de 7 pinos
- Componentes preparados para Internet das Coisas (IoT)
Com isso, é possível alcançar mais eficiência, segurança e controle operacional.
Projetos mais complexos pedem empresas especializadas
Devido à complexidade técnica da nova norma, recomenda-se fortemente contratar empresas nacionais especializadas em projetos luminotécnicos.
Além de experiência, elas devem ter luminárias homologadas por prefeituras e concessionárias. Isso garante rastreabilidade, qualidade e conformidade normativa.
Impactos nos custos e análise de viabilidade
As novas exigências podem aumentar os custos iniciais. No entanto, os benefícios superam os desafios no médio e longo prazo.
Ou seja, é essencial avaliar o projeto com base no custo-benefício, considerando:
- Redução do consumo de energia
- Menor necessidade de manutenção
- Mais segurança e bem-estar
- Menor impacto ambiental
Conclusão: adapte-se e siga a NBR 5101:2024 com segurança
A nova norma representa um avanço técnico e ambiental na iluminação pública brasileira. Logo, é essencial que prefeituras, construtoras e fabricantes se adequem o quanto antes.
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É a revisão da norma que estabelece requisitos mínimos para a iluminação viária (vias de domínio público e privado) no Brasil, visando garantir segurança e conforto para pedestres, ciclistas e motoristas.
Publicada em março de 2024, sua vigência depende de regulamentação do Inmetro, que deverá definir prazo de transição entre a versão anterior (2018)
Vias locais: máximo de 2.200 K
Outras vias: máximo de 2.700 K, salvo faixas de pedestres (até 3.000 K)
Áreas com valor ambiental: recomendado 1.800 K (máx. 2.200 K)
Porém essas temperaturas ainda dependem da aprovação do INMETRO
A versão integral está disponível para compra no site da ABNT ou em distribuidores autorizados (por exemplo, normas.com.br).